Desde
o último dia 16, 200 religiosos entre monges e monjas dos mais
diversos mosteiros do Brasil, deixaram suas clausuras para se
encontrarem em Aparecida-SP, a fim de refletirem juntos sobre a
Identidade, a Mística e a Missão da Vida Monástica e
Contemplativa. Além dos momentos de oração, Celebrações
Eucarísticas, trabalhos de grupos e partilhas de experiências, os
religiosos contam com momentos de reflexão assessorados por monges,
monjas e leigos.
Esteve
presente até o dia de ontem e conversou com o grupo, o cardeal
arcebispo, prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz
de Aviz, vindo de Roma para participar do Evento. Participou e
assessorou o encontro, a presidente da CRB Nacional, Irmã Márian
Ambrosio, que se ausentou para participar, em Quito da Assembleia
Eletiva da Confederação Latinoamericana e Caribenha de Religiosos e
Religiosas(CLAR).
Acompanham
o encontro, dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão para
os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o bispo referencial
para a Vida Religiosa, dom Jaime Spengler; as assessoras executivas
Irmã Vilma Vitoreti, Irmã Rosa Maria Martins e o assessor
executivo, padre Mário Cesar do Amaral.
O
tema Identidade, Mística e Missão foi refletivo pela assessora Irmã
Mechtildes Villaça Castro, monja beneditina de Belo Horizonte. Para
Irmã Mechtildes o tema da mística é complexo se se pretende
abordar a sua história, as suas dimensões e os vários sentidos nos
quais esta palavra foi assumida no tempo, em contextos profanos.
"A
“vida mística”, por ser uma atitude existencial, uma certa
maneira de ser e viver em profundidade, supõe a contemplação e a
missão. Carregando as angústias de nosso tempo, cujas
características são muito próprias, angústias que nos afligem e a
tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda humanidade,
coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação” sempre
operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa
fecundidade”. A “vida mística”, por ser uma atitude
existencial, uma certa maneira de ser e viver em profundidade, supõe
a contemplação e a missão. Carregando as angústias de nosso
tempo, cujas características são muito próprias, angústias que
nos afligem e a tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda
humanidade, coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação”
sempre operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa
fecundidade”, disse.
Ao
falar do estilo de vida que as separa do mundo, Irmã Mechtildes
relatou que a vida monástica e contemplativa com o jeito de ser tem
uma contribuição a dar em relação ao mundo.
"Que
lhe poderemos oferecer em nossa vida monástica e “contemplativa”?
Em primeiro lugar, um “testemunho” de pessoas que tudo deixaram
pelo Reino de Deus, certas de que nossa cidadania está nos céus.
Este testemunho admirado por muitos, a muitos outros incomoda,
interroga, mesmo que não o digam. Em segundo lugar, aos que batem à
nossa porta, cabe-nos dar aos mais pobres a ajuda de que necessitam.
E a todos um ambiente de silêncio, de paz, de oração, de
hospitalidade. Também uma palavra de vida, de consolo, de
orientação, pois nosso tempo levanta problemas que não eram comuns
no passado. Pede-nos, dentro de nossas possibilidades, atualização
quanto ao conhecimento da realidade, mas também uma visão eclesial,
bíblica e teológica"concluiu.
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