segunda-feira, 18 de junho de 2012

Religiosos refletem identidade, mística e missão da Vida Monástica e Contemplativa




Desde o último dia 16, 200 religiosos  entre monges e monjas dos mais diversos mosteiros do Brasil, deixaram suas clausuras para se encontrarem em Aparecida-SP, a fim de refletirem juntos sobre a Identidade, a Mística e a  Missão da Vida Monástica e Contemplativa. Além dos momentos de oração, Celebrações Eucarísticas, trabalhos de grupos e partilhas de experiências, os religiosos contam com momentos de reflexão assessorados por monges, monjas e leigos. 

Esteve presente até o dia de ontem e conversou com o grupo, o cardeal arcebispo, prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, vindo de Roma para participar do Evento. Participou e assessorou o encontro, a presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrosio, que se ausentou para participar, em Quito da Assembleia Eletiva da Confederação Latinoamericana e Caribenha de Religiosos e Religiosas(CLAR). 

Acompanham o encontro, dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o bispo referencial para a Vida Religiosa, dom Jaime Spengler; as assessoras executivas Irmã Vilma Vitoreti, Irmã Rosa Maria Martins e o assessor executivo, padre Mário Cesar do Amaral. 

O tema Identidade, Mística e Missão foi refletivo pela assessora Irmã Mechtildes Villaça Castro, monja beneditina de Belo Horizonte. Para Irmã Mechtildes o tema da mística é complexo se se pretende abordar a sua história, as suas dimensões e os vários sentidos nos quais esta palavra foi assumida no tempo, em contextos profanos.

"A “vida mística”, por ser uma atitude existencial, uma certa maneira de ser e viver em profundidade, supõe a contemplação e a missão. Carregando as angústias de nosso tempo, cujas características são muito próprias, angústias que nos afligem e a tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda humanidade, coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação” sempre operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa fecundidade”. A “vida mística”, por ser uma atitude existencial, uma certa maneira de ser e viver em profundidade, supõe a contemplação e a missão. Carregando as angústias de nosso tempo, cujas características são muito próprias, angústias que nos afligem e a tantos de nossos irmãos, para não dizer a toda humanidade, coloquemo-nos a serviço deste “mistério de salvação” sempre operante, por uma vida de oração suplicante, de “misteriosa fecundidade”, disse.

Ao falar do estilo de vida que as separa do mundo, Irmã Mechtildes relatou que a vida monástica e contemplativa com o jeito de ser tem uma contribuição a dar em relação ao mundo.
"Que lhe poderemos oferecer em nossa vida monástica e “contemplativa”? Em primeiro lugar, um “testemunho” de pessoas que tudo deixaram pelo Reino de Deus, certas de que nossa cidadania está nos céus. Este testemunho admirado por muitos, a muitos outros incomoda, interroga, mesmo que não o digam. Em segundo lugar, aos que batem à nossa porta, cabe-nos dar aos mais pobres a ajuda de que necessitam. E a todos um ambiente de silêncio, de paz, de oração, de hospitalidade. Também uma palavra de vida, de consolo, de orientação, pois nosso tempo levanta problemas que não eram comuns no passado. Pede-nos, dentro de nossas possibilidades, atualização quanto ao conhecimento da realidade, mas também uma visão eclesial, bíblica e teológica"concluiu.

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